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E a solidão foi esbatido: naquela mente, naquela face, naquele corpo. Ela só quer uma pequena aventura sexual. E tudo o que lhe pedem não consegue passar de amor. Ele liga-lhe porque tem saudades, da voz dela e da sua alma. Ela diz-lhe que a devia esquecer, que não o merece. Tudo em que ela pensa é em sexo, não é isso que ele precisa.
- Amor, estou a pedir-te. Só te estás a magoar. Comigo não existe amor. Não obterás nada do que necessitas. E o que preciso tu não me podes dar. Porque não posso dar-me a ti, és demasiado especial. - Disse-lhe ela com rancor.
- Tu dizes isso mas ... amavas-me. Por favor. O que aconteceu contigo? Estás tão diferente.
- Espero que compreendas aquilo que te estou a dizer. Ouve-me bem. Eu mudei, aceita isso. Já não sou aquela rapariguinha carinhosa e estável que conheceste à longos anos atrás. Esta sou eu agora. Preciso que aceites isso. - E começou a choramingar. - Por favor. Não me ligues mais. Não me ligues a esta hora da noite. Não me ligues de manhã. - Agora já num choro descontrolado. - Não sei que mais te posso dizer para te fazer desistir disto. Desistir de mim ...
- Eu nunca desistiria de ti. Viverei sempre para ti, amor.
- ....
Ela tinha desligado a chamada. Ela chorava sufocadamente.
Eram quatro da manhã.
- Vem atrás de mim agora e ajuda-me então. Por favor. Por favor. Preciso tanto de ti aqui. Como pude eu afastar-te. Volta para mim, voltas? Anda tratar de mim. Estou tão insegura. Tenho tanto medo. Como pude eu...? Vens, por favor?
Ela tinha assumido assim o seu desespero. Não podia escondê-lo de mais ninguém. Ele já a tinha entendido. Porque ela está vivendo numa outra dimensão. Foi perdida como uma mera laranja que cai do saco.